sexta-feira, agosto 11, 2006

Deixo a vocês uma história para refletirem no final de semana.

Certa vez, Mestre & Discípulo peregrinavam por distantes pastagens quando um dia encontraram acolhida em um casebre habitado por uma família muito simpática mas que (sobre)vivia em condições de miséria. Embora fossem boas pessoas, seus recursos materiais eram aparentemente limitados.

Pela manha, a família fez questão de servir uma "muito" humilde refeição para os hospedes, neste momento o mestre perguntou ao chefe da família, o que eles faziam para (sobre)viverem. O Homem então falou que eles sustentavam graças a uma única e magrela vaca a qual fornecia o leite que servia de alimento e o pouco que sobrava era vendido por uns trocados na cidade.

Quanto estavam partindo, o mestre e o discípulo, passaram pela vaca que estava próximo ao casebre. Quando já estavam a alguns metros de distância da casa e após passarem próximos a um precipício, o Discípulo apiedado da situação daquelas pessoas, perguntou ao Mestre se algo podiam fazer por eles.

O Mestre em sua sabedoria disse, então ordenou ao Discípulo:

- Volte lá e Jogue a vaca no precipício....

- Mas Mestre... - interpelou o Discípulo.

- Jogue a vaca no precipício.... ou suma com ela!- Reiterou o Mestre.

O discípulo, sem compreender a intenção do Mestre cumpriu seus desígnios ainda que muito contrariado. E assim, a vaca foi para o brejo, ou seja, sumiu. E a família ficou sem o que parecia ser a forma de sobrevivência deles.

Os anos se passaram. Desde aquele incidente o Discípulo não mais tivera paz em seus dias, sentindo remorso por ter privado aquela família bondosa de sua única fonte de sobrevivência.

No intuito de se redimir e obter o perdão, o Discípulo resolveu então voltar àquela erma região e encontrar aquelas pessoas que com as quais havia cruzado o caminho e interferido em suas vidas de forma tão brusca. Mas, para seu espanto, o Discípulo não conseguiu reconhecer a região. Onde antes havia uma região árida, encontrou terras cultivadas. Próximo de onde era o casebre, um palacete. Sua angústia tornou-se então ainda maior. Supôs que a família fora obrigada a vender a casa e o terreno, visto que não tinham mais a vaca para sobreviver.

Decidido então encontrar pistas do paradeiro daquela pobre família, o Discípulo resolveu interrogar os novos moradores. Aproximou-se da bela casa e encontrou seus proprietários na piscina, divertindo-se. O discípulo então levou o maior susto: Eram as mesmas pessoas, aquela "mesma" família que antes encontrara, agora com aparência mais saudável e feliz.

Sem nada entender, o discípulo perguntou pelo milagre ocorrido naquele lugar.

- Que milagre que nada - respondeu o pai de família, com sorriso no rosto. - Certo dia, quando acordamos descobrimos que aquela nossa vaca, da qual tirávamos nossa sobrevivência, havia desaparecido. Diante disso, arregaçamos as mangas em busca de novas soluções, trabalhamos muito, voltamos a estudar e criar formas alternativas de produção e fomos ao longo do tempo prosperando e hoje somos donos de todas essas terras que nos cercam...

- Tudo isso começou depois que a vaca foi para o brejo... No dia em que deixamos a acomodação de lado e decidimos agir e viver a plenitude de nossas potencialidades !!!

E o Discípulo, então, compreendeu a sabedoria do Mestre.

2 comentários:

Anônimo disse...

Interessante. Li o texto e fiz uma analogia com a minha vida. Acho que no momento eu estou sobrevivendo com essa vaca magra (infelizmente). Mas já estou providenciando um meio de jogá-la no precipício. Quando isso acontecer meu maior prazer será ajudar em projetos tão importantes quanto esse do Células de Estudo. Parabenizo você Alessandro e seus amigos. Espero me juntar a vocês num futuro próximo. Enquanto a vaca não vai pro brejo (rs) eu fico aqui acompanhando o projeto através do Blog e torcendo por vocês.

Alessandro Almeida disse...

Olá Anônimo (infelizmente você não assinou seu comentário),

Agradecemos seu comentário! Se desejar conhecer mais sobre o projeto Células de Estudo fique a vontade para entrar em contato.

Um abraço,
Alessandro.